Na Justiça

Delegado Sandro Meinerz deve depor em nova audiência do caso Kiss

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As audiências desta sexta-feira se encerraram no início da noite. A fase de defesa termina com depoimento no dia 20 de maio, no Rio de Janeiro. A próxima etapa será de depoimentos de pessoas referidas pelas testemunhas. No final da audiência de sexta, um dos advogados pediu que a Justiça ouça o delegado Sandro Meinerz, que atuou no inquérito policial. O juiz Ulysses Fonseca Louzada marcou a oitiva para o dia 23 de abril, às 13h30min.

Comandante afirma que exigência de documentos era insuficiente

O depoimento do comandante do 4º Comando Regional dos Bombeiros, tenente-coronel Luis Marcelo Gonçalves Maya, começou às 17h10min, após um intervalo de cinco minutos. Ele foi o último a ser ouvido. Ao ser questionado pela defesa sobre a Seção de Prevenção de Incêndio (SPI) da corporação na época em que assumiu o comando _ em março de 2013, dois meses após a tragédia _ Maya afirmou que haviam cerca de 2 mil pedidos de vistorias pendentes em função do ocorrido.

"Se tivéssemos mais tempo, teríamos apontado muito mais coisas", diz delegado que investigou a boate Kiss

O comandante ainda afirmou que a legislação da época não exigia a entrega de alguns documentos (como a planta do local).

_ Era solicitado se os bombeiros achassem necessário. Nem tudo o que havia ali (dentro da boate) passou pela inspeção dos bombeiros. O empresário que é o responsável por avisar os bombeiros sobre qualquer alteração na planta _ comentou o comandante, referindo-se às possíveis modificações do projeto estrutural pelas quais a boate teria passado, depois de uma reforma.

Audiência sobre o incêndio da boate Kiss começa sob tensão nesta sexta-feira

A defesa ainda questionou sobre uma possível falha na fiscalização dos bombeiros em uma vistoria de agosto de 2012, quando, segundo os advogados dos acusados, as barras de contenção já haviam sido colocadas.

_ Tenho a informação de que as barras foram colocadas após a vistoria do Corpo de Bombeiros. Não havia observação sobre a existência delas nos relatórios da corporação. Mas, após o ocorrido, tomou-se a conclusão de que o que se exigia anteriormente era insuficiente _ diz o coronel.

Ele ainda afirmou que a falta de um Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) não era motivo para interdição naquela época.

Questionado sobre a atuação dos bombeiros no dia do incêndio, Maya disse que pelo menos 11 bombeiros atenderam a ocorrência, mas que o número de profissionais não era suficiente para a quantidade de vítimas.  O depoimento do Comandante durou 1h30min. 

Para deputado, descumprimento da lei ocasionou a tragédia

O depoimento do deputado estadual Adão Villaverde (PT), propositor da Lei Kiss, durou pouco mais de duas horas. Durante este período, a defesa se ateve a questionamentos referentes à legislação vigente à época da tragédia na boate Kiss. Ao ser indagado pelo advogado Jader Marques a respeito dos procedimentos exigidos para a obtenção dos documentos da boate (alvará sanitário, de localização e de prevenção contra incêndio), o deputado afirmou que, do ponto de vista técnico, a boate não cumpria o que a legislação exigia na época.

_ Sem o alvará de prevenção, não deveria ser emitido o habite-se. A boate Kiss não deveria ter autorização do município para funcionar _ disse.

Indagado sobre os motivos que levaram à proposição de uma nova lei que regula a respeito "

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